O diretor executivo de Comercialização e Logística da Petrobras, Cláudio Mastella, disse hoje (24), que a companhia está monitorando a evolução da crise entre a Rússia e a Ucrânia que, até o momento, se acha restrita à região. Por isso, analisou não ver impacto na segurança de atendimento aos clientes no Brasil, supridos por refinarias no país e pela importação de outras áreas no mundo.
Com relação aos preços, entretanto, Mastella enxerga impacto de elevação muito forte na volatilidade dos preços no mercado. “Hoje ocorreu um pico que ainda não se estabilizou”, disse. O mercado todo está observando o que está acontecendo e tentando avaliar as consequências da crise, a partir dos desdobramentos da situação na Ucrânia, disse.
Rodrigo Costa, diretor executivo de Refino e Gás Natural, acompanhou o posicionamento de Mastella. Ele disse que a Petrobras está acompanhando todo o movimento da nova realidade de suprimentos de gás natural liquefeito (GNL) dos Estados Unidos para Europa, África e Ásia, em razão da crise entre a Rússia e a Ucrânia, tendo em vista que parcela significativa do gás importado pelo Brasil vem dos Estados Unidos.
Ele disse, porém, que a companhia não vê risco na movimentação de carga para atender os compromissos contratuais. “O que nós vemos, sim, é um impacto bastante significativo em custos, porque a gente já vê movimentações de precificação de GNL voltando a um patamar de US$ 300 o barril. Patamares extremamente elevados, que trazem uma onerosidade maior ao custo de regaseificação“.
Ele não vê, contudo, problemas de disponibilidade de carga. Com a recuperação dos reservatórios, Costa acredita que não há necessidade de maior importação para atendimento do mercado termelétrico e não termelétrico no Brasil.
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