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O arquiteto brasileiro Dante Akira Uwai, de 27 anos, ganhou o concurso de design de medalhas do Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude de 2024, em Gangwon (Coreia do Sul).  A disputa promovida pelo Comité Olímpico Internacional (COI) teve recorde de participações – 3 mil inscrições -, mas nenhuma delas superou a criação de Akira Uwai, intitulada “Um futuro brilhante”.

A obra do brasileiro foi eleita por um painel de jurados, que teve como integrantes o neozelandês Zakea Page –vencedor de design das medalhas da edição de Lausanne 2020 -, a atleta olímpica Laurenne Ross, e representantes dos programas Jovens Repórteres do COI e Jovens Líderes e Apoiadores de Gangwon 2024.  

O traço do artista brasileiro que estará nas medalhas de Gangwon 2024 é uma interpretação geométrica do lema “Crescer juntos, brilhar para sempre”, apresentado pelo COI.

“Quando você lê os valores olímpicos, percebe que o esporte é o meio, mas não o fim. A vitória não é o fim. O fim é a união das pessoas, o respeito, ainda mais hoje em dia, isso se torna mais importante”, explicou Akira Uwai. “Pensei em duas diretrizes. A primeira é que eu não queria que a medalha fosse uma moldura para uma pintura, apenas para ser vista. Eu queria que fosse tratado como uma escultura. Você pode pegar a escultura, vê-la de diferentes ângulos. Você sente a textura da escultura, e acho que a medalha tem muito disso”. 

Nascido em São Paulo, Akira Uwai foi criado em Brasília. Apaixonado por desenho, Akira escolheu se graduar em arquitetura, pela na Universidade de Brasília (UnB), temoroso de seguir a carreira artística.

“Desenho desde que me conheço por gente, desde criança era o meu passatempo preferido. Lembro-me de ser muito repreendido em sala de aula por desenhar em sala de aula quando não devia!”, contou em depoimento ao portal do COI. “Eu moro no Brasil, é muito difícil viver de arte aqui. Até por isso eu estudei arquitetura e não artes plásticas para abrir mais possibilidades no mercado de trabalho”, revelou.

Durante o curso de arquitetura, Akira Uwai mergulhou ainda mais no mundo da arte: se enveredou pela pintura e escultura. Quando surgiu o concurso do COI de design de medalhas, foi o sinal para o brasileiro retomar o sonho de criança.

“Quando vi essa oportunidade, pensei: 'É isso! Vou voltar a fazer o que realmente gosto.' Essa competição acendeu aquela chama novamente e para mim fez muito bem como artista”, concluiu.

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