A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um novo comunicado alertando a população para a tentativa de golpes usando o nome da agência reguladora. É o quarto comunicado em menos de dois anos para chamar a atenção e evitar que internautas sejam ludibriados por pessoas que se fazem passar por servidores da Anvisa.

Dessa vez, a agência informa ter recebido reclamações de usuários que alegam ter recebido e-mails de diferentes remetentes, sempre terminados em centralanvisa.gov.br. As mensagens davam conta de que uma notificação relativa a um determinado processo judicial envolvendo o destinatário do e-mail tinha sido publicada no Diário Oficial da União.

Tudo não passa de uma fraude, montada para levar internautas incautos a clicarem em um link ou abrir um arquivo anexo. Além dos endereços de e-mails terminados em centralanvisa.gov.br não pertencerem à agência, o órgão disse que não notifica a nenhuma pessoa ou empresa por e-mail, ligação telefônica, mensagem de texto (SMS, WhatsApp ou outro serviço de mensagem instantânea), nem tampouco por mensagens de áudio.

“A única exceção é para casos de pedidos de informação feitos nos canais oficiais de atendimento da Anvisa, cujas respostas são enviadas pelo endereço atendimento.central@anvisa.gov.br, diretamente para o e-mail do solicitante”, esclarece a agência no comunicado, orientando quem ainda tenha alguma dúvida a entrar em contato com a Central de Atendimentos pelo telefone 0800-642-9782.

No início de julho, a Anvisa já tinha alertado os cidadãos e as empresas cuja atuação ela regulamenta para que ficassem atentos à tentativa de fraudes cometidas por golpistas que estariam se apresentando como servidores do órgão – na maioria das vezes, como representantes da Gerência de Produtos de Higiene, Perfumes, Cosméticos e Saneantes – e solicitando pagamentos para regularizar produtos e serviços.

Em agosto de 2020, o alerta foi motivado por denúncias feitas por pessoas de diferentes localidades, contatadas por um grupo de estelionatários que, aparentemente, se informavam, pelo Diário Oficial da União, a respeito de processos administrativos de regularização de produtos e serviços indeferidos pela Anvisa. Os criminosos então procuravam os responsáveis pelas empresas e, passando-se por servidores da agência, se ofereciam para reverter as decisões caso fossem pagos para fazer isto. O dinheiro exigido pelos criminosos deveria ser depositado em uma conta-corrente.

Em janeiro do ano passado, a tentativa de fraude usando o nome da Anvisa também envolveu pedidos de pagamentos para que pendências fossem resolvidas e, assim, mercadorias importadas retidas fossem liberadas. Na ocasião, os criminosos orientavam as vítimas a fazer os pagamentos por meio de depósito ou boleto bancário, formas não utilizadas pela Anvisa, que só recebe suas taxas por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU).

“Em todas essas situações, é comum os golpistas utilizarem formas de comunicação não praticadas pela Anvisa, como ligação telefônica, mensagem de texto de celular, WhatsApp e e-mail não oficial, entre outros. Esses meios diferem dos procedimentos oficiais utilizados para comunicar, notificar ou requerer quaisquer documentos ou efetuar cobrança de valores de regularização de produtos e serviços”, enfatiza a agência.

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