O Instituto Nacional de Tecnologia (INT) completa, hoje (28), 100 anos de pesquisas com uma existência pautada no pioneirismo e nas contribuições estratégicas para o desenvolvimento tecnológico do Brasil. Logo após ser fundado em 1921, como a Estação Experimental de Combustíveis e Minérios, iniciou pesquisas de novos processos industriais para aproveitamento das matérias-primas nacionais e fez o desenvolvimento da primeira liga ferro-manganês do país.

A história da instituição, atualmente vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), conta ainda com testes do primeiro carro movido a álcool dando suporte tecnológico ao Proálcool e desenvolvimento de biocombustíveis. As análises químicas, que resultaram na comprovação da existência do petróleo brasileiro, é mais uma das contribuições para o desenvolvimento tecnológico do país, como também a consolidação de áreas como metrologia, inteligência competitiva e impressão 3D.

Na busca pela inovação, junto às grandes áreas de engenharias, de materiais e da química, nas quais já atua, o INT incluiu novas competências e técnicas, entre elas a manufatura aditiva como a impressão 3D, as tecnologias digitais e inteligência artificial.

“As soluções se renovam, como as recentes descobertas de propriedades antioxidantes e antimicrobianas da semente do açaí, o uso de diversas biomassas e resíduos para substituição de produtos químicos derivados de petróleo, estudos para produção de implantes ortopédicos customizados por manufatura aditiva, desenvolvimento de aços especiais e dutos para o Pré-Sal, tecnologias para pessoas com deficiências”, informou o INT comemorando as pesquisas.

Entre os serviços tecnológicos realizados pelo Instituto está a sua atuação de órgão pericial independente na caracterização de produtos e processos produtivos para empresas e também na avaliação da conformidade de produtos de certificação compulsória como implantes mamários, capacetes para motociclistas.

Como a única unidade de pesquisa do MCTI que atua como Unidade Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), o INT apoia empresas no desenvolvimento de produtos e processos inovadores de Tecnologia Química Industrial.

Ainda com o propósito de atender às demandas tecnológicas do país, o INT deu origem a outras instituições do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e também o Centro de Tecnologias do Nordeste (Cetene).

Para a diretora do INT, engenheira metalúrgica e pesquisadora do instituto há 40 anos, Iêda Caminha, o órgão tem tradição no campo da pesquisa. “É com esse espírito da tradição histórica da sua pesquisa e serviços tecnológicos, mas com olhar sempre para o futuro, que o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) se torna hoje um jovem centenário”, observou.

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