O estado do Rio de Janeiro registrou mais 12.001casos de covid-19 em 24 horas. O painel mantido pelo governo para monitorar o cenário epidemiológico é atualizado sempre às 17h. Os números desta quarta-feira (12) apontam para o recorde de 2022. O maior número de casos neste início de ano tinha sido registrado ontem (11), quando houve 10.489 ocorrências.
O painel revela que mais sete pessoas morreram por complicações da covid-19. Ontem morreram 14 pessoas. No entanto, as unidades de saúde ainda estão com boa capacidade de atendimento no estado. A taxa de ocupação dos leitos de enfermaria está em 8% e a de unidade de terapia intensiva (UTI) exclusiva para tratamento da covid-19 está em 10,4%.
Na capital fluminense, o monitoramento realizado pela prefeitura mostra que, apenas ontem, foram registradas 1.088 novas ocorrências de covid-19. Neste ano já foram confirmados 37.447 casos da doença, dos quais 81 evoluíram para quadros graves. Quatro pessoas morreram.
Na semana passada, o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, reconheceu que os casos aumentaram com a chegada da variante Ômicron. A Ômicron vinha se alastrando na Europa desde novembro. Segundo Soranz, a variante dissemina-se de forma mais rápida, mas não tem gerado aumento de casos graves.
Após 17 semanas com redução de registros de covid-19, de repente, houve aumento de casos no estado do Rio, o que é é indicativo de uma nova variante, disse o secretário. “Toda vez que temos nova variante chegando significa que teremos mais casos. Felizmente, não está havendo aumento de casos graves, óbitos e internações. Claro que isso ainda é precoce, estamos avaliando”, acrescentou Soranz, na ocasião.
Vacinação
A Secretaria Municipal de Saúde enfatiza a importância da terceira dose da vacina para enfrentar o novo avanço da doença. Conforme os dados da pasta, 36,4% da população da cidade do Rio de Janeiro com 18 anos ou mais já receberam o reforço do imunizante, que é aplicado quatro meses após a segunda dose.
Entre os pacientes atualmente internados por covid-19 na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital fluminense, cerca de 90% não têm o esquema vacinal completo (incluindo a terceira dose) e aproximadamente 38% não tomaram nenhuma dose.
Reunido na manhã de hoje, o comitê de especialistas que assessora a prefeitura no enfrentamento à covid-19 destacou os benefícios da imunização. De acordo com o comitê, apenas 0,1% dos casos avaliados no município é grave, o que demonstra claramente a eficácia das vacinas na prevenção de casos graves e de mortes. “Neste momento já há evidência epidemiológica para afirmar que grupos vulneráveis vacinados, assim como os idosos que têm mais comorbidades, apresentam quadros de síndrome gripal mais leve com a nova variante. Os dados analisados expressam que os pacientes internados têm status vacinal inversamente proporcional à proteção plena, e que os óbitos ocorrem 30 vezes mais entre os não vacinados”, diz a súmula da reunião.
O comitê também reforçou a recomendação de uso obrigatório de máscaras em locais fechados e nos meios de transporte, assim como o início da vacinação das crianças. A prefeitura já divulgou um calendário escalonado para aplicar a primeira dose em crianças de 5 a 11 anos entre 17 de janeiro e 9 de fevereiro.
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