O domingo (13) foi de recordes mundiais para o Brasil no esporte paralímpico. O mineiro Gabriel Araújo, de 19 anos, registrou o novo recorde mundial na prova dos 50m borboleta classe S2 (comprometimento motor mais severo) na etapa de Lignano Sabbiadoro (Itália) do circuito mundial da natação paralímpica (World Series). Ele nadou em 56s62, superando a própria marca que ele havia alcançado na eliminatória da mesma competição (a etapa italiana da World Series, circuito mundial da natação paralímpica), com 57s21. Já em São Paulo, a baiana Raissa Rocha também bateu o recorde mundial na prova do lançamento de dardo F56, para atletas com comprometimento nos membros inferiores e que fazem seus lançamentos sentados. Ela alcançou 24,80m, superando o antigo recorde, que pertencia à iraniana Hashemiyeh Moavi, em 30 centímetros. Esta foi a marca que rendeu a ela o ouro paralímpico em Tóquio, inclusive.
A curiosidade da competição de Gabriel, na Itália, é que ele sequer chegou ao pódio. Isso aconteceu porque foi uma prova multiclasse, que envolveu atletas com comprometimentos muito menores. O ouro, aliás, foi de outro brasileiro: Talisson Glock, com o tempo de 31s94. Talisson é da classe S6. Gabrielzinho terminou em quarto. Porém, nos 150 medley masculino, o ouro não escapou dele, com o tempo de 3min47s04.
O Brasil conquistou outros dois ouros na competição, com Gabriel Bandeira (S14) nos 100 borboleta masculino e Lídia Vieira (SM4) nos 150 medley feminino.
Recorde mundial surpreende até a própria Raissa
Em São Paulo, na 1ª fase nacional de atletismo do Circuito Paralímpico Loterias Caixa, Raissa Rocha, que ainda estava em fase de teste de força, almejava apenas lançar a 23,96m, abaixo dos 24,39m que garantiram a ela a prata em Tóquio. Porém, ela foi muito além, alcançando os 24,80m. Este foi o primeiro evento da temporada, que ainda terá o Campeonato Brasileiro de atletismo paralímpico e a segunda fase nacional do circuito.
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