Com obras inéditas, o Centro Cultural Fiesp, localizado na Avenida Paulista, em São Paulo, apresenta, a partir de hoje (6), uma exposição em homenagem ao artista J. Borges, considerado o maior nome da xilogravura popular no Brasil e patrimônio vivo de Pernambuco, estado onde nasceu e vive até hoje. A exposição fica em cartaz até o dia 7 de agosto e tem entrada gratuita.

Ao todo, a mostra J. Borges – O Mestre da Xilogravura expõe 62 trabalhos do artista e quatro obras elaboradas por seus filhos Pablo Borges e Bacaro Borges. Dez desses trabalhos são inéditos. Uma cinebiografia sobre a vida e obra do artista, do jornalista Eduardo Homem, também estará em exibição.

O trabalho de J. Borges retrata a vida do sertanejo, o imaginário nordestino, o cotidiano do Nordeste, os contos populares, o cenário rural, o cordel. Isso é o que se observa em obras como No Tempo da Minha Infância, Plantio e Corte de Cana e Forró Nordestino, que estarão em exibição no Centro Cultural.

Recife – Xilogravura de J. Borges na 17° edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato  (Sumaia Villela/Agência Brasil)
Recife – Xilogravura de J. Borges na 17° edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato  (Sumaia Villela/Agência Brasil)

Xilogravura de J. Borges – Sumaia Villela/Arquivo Agência Brasil

“Estou muito alegre com essa exposição sobre meu trabalho na xilogravura. Eu ainda quero viver bastante. O que me inspira é a vida, é a continuação, é o movimento. É aquilo que eu vejo, aquilo que eu sinto”, disse J. Borges, em entrevista à Fiesp.

Outro destaque da exposição é o trabalho do artista com o cordel. Livretos de cordel com poesias sobre o amor, o cangaço, a religiosidade e a vida simples do campo estarão pendurados por um barbante em um espaço da mostra. 

“A exposição retrata a magia da sua obra, tão importante para o povo brasileiro e para o mundo. A arte visual brasileira se tornou mais importante depois que J. Borges começou a criar seu trabalho de xilogravuras, tornando-se um dos maiores xilogravuristas do mundo”, disse Ângelo Filizola, curador da exposição.

Mais informações sobre a exposição podem ser obtidos no site do Centro Cultural Fiesp.

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