O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) irá gerir o programa Floresta Viva. O anúncio foi feito nesta terça-feira (19) pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano.

O programa Floresta Viva é voltado para restauração de biomas brasileiros e recuperação de bacias hidrográficas. Lançado em novembro do ano passado, ele é considerado o maior matchfunding – modelo de financiamento que junta recursos não reembolsáveis do BNDES com os de outras instituições apoiadoras – ambiental do país.

O Funbio é uma organização sem fins lucrativos, que atua há mais de 25 anos em projetos de conservação da biodiversidade no país. Com a decisão, a organização será responsável pelo processo de seleção dos projetos a serem apoiados. Também será a Funbio que receberá os recursos do BNDES e das demais instituições apoiadoras.

“A ideia é criar um ambiente em que possamos debater e empreender conjuntamente pois inovação se faz de forma coletiva e focada no propósito e no impacto.”, disse o presidente do BNDES.

A meta de investimento é de R$ 500 milhões ao longo de sete anos, com até 50% de recursos do BNDES. O objetivo é alcançar entre 16 mil e 33 mil hectares de área restaurada, com a remoção de aproximadamente 9 milhões de toneladas de carbono da atmosfera.

“Esses recursos que serão aplicados no Floresta Viva que podem gerar crédito [de carbono] para deixar essa máquina rodando. A política do governo federal está em empreender e inovar, em gerar emprego em economia verde e gerar negócios verdes”, afirmou ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite .

O programa já conta com 11 parceiros, entre eles, a Vale, o Grupo Heineken e a Petrobras.

“Nós temos uma preocupação muito grande com toda essa pauta ambiental, de sustentabilidade, social, entendendo que todas as empresas têm uma grande responsabilidade, mas sem dúvida, a Petrobras por ser hoje a maior companhia do Brasil, ser essa referência para o cidadão brasileiro, ela tem uma responsabilidade redobrada”, disse o presidente da empresa, José Mauro Ferreira Coelho.

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