A 24ª edição das Surdolimpíadas de Verão terminou com uma apresentação cheia de cores, luz, arte e emoção. O ginásio do Sesi de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, recebeu ótimo público que vibrou coma solenidade de encerramento.

Nas competições, a Ucrânia ficou na primeira colocação, com 62 medalhas de ouro, 38 de prata e 38 de bronze, em um total de 138. O Brasil ocupou a 44ª posição, com seis medalhas de bronze, o maior número conquistado pelo país na história da competição.

A presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS), Diana Kyosen, aprovou a participação dos atletas do Brasil e agora foca no fortalecimento.

“O resultado atual não é o melhor cenário, mas é positivo. Vivemos um momento de pandemia que trouxe um prejuízo aos treinos. Ficamos dois anos treinando virtualmente. A CBDS conseguiu um terreno para construção do nosso centro de treinamento e isso vai auxiliar no alto desempenho e, consequentemente, no resultado dos atletas brasileiros”, afirmou.

Quebrando barreiras

Além do resultado esportivo e da busca por medalhas, as Surdolimpíadas de Caxias do Sul deixaram outro legado. O presidente do Comitê Internacional de Esportes para Surdos, Gustavo Perazzolo, ressaltou a importância do evento para quebrar barreiras.

“A visibilidade muda com as Surdolimpíadas. Reconhecimento social, empatia, a cultura específica da comunidade, a comunicação  e a questão da língua. O surdo e o ouvinte unidos na tentativa de se comunicar, quebrando barreiras, perdendo o medo, se aproximando, buscando estratégias para fazer essa comunicação. No futuro, as barreiras vão ser quebradas e a comunicação vai acontecer naturalmente para todos”, enfatizou.

A próxima edição das Surdolimpíadas de Verão será em 2025, em Tóquio, no Japão, com a promessa de mais medalhas e esperança de maior inclusão.

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