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Refugiados e imigrantes que chegarem ao Rio de Janeiro serão acolhidos em um centro de referência com assistência social e jurídica específica. O Centro de Referência de Atendimento ao Imigrante (Crai), na Gamboa, região central da cidade, começou a funcionar hoje (7). O imóvel foi cedido pela prefeitura e sua manutenção será feita pela Organização Não Governamental Core.

Matheus Andrade, coordenador de Direitos Humanos da Prefeitura do Rio de Janeiro e presidente do Comitê Intersetorial de Políticas de Atenção para Imigrantes, Refugiados e Apátridas, disse que o objetivo é oferecer um ponto de referência para os recém-chegados na cidade e também para aqueles que já estão no Rio.

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No centro, eles terão acesso aos serviços que mais precisam para se estabelecer, como regularização migratória, saúde, assistência social e educação, diminuindo, assim, a vulnerabilidade dos imigrantes e refugiados.

“Nosso objetivo é juntar, dentro do Crai, todos esses serviços que a prefeitura já fornece naturalmente, mas destinados exclusivamente para eles. A maioria do pessoal que vai trabalhar no Crai é imigrante refugiado, então quando o refugiado chegar para ser atendido, vai ser na sua própria língua”, disse Andrade.

Ainda de acordo com Andrade, a centralização do atendimento aos imigrantes e refugiados vai ajudar a Prefeitura do Rio de Janeiro a fazer um levantamento dessa população, que hoje é majoritariamente de venezuelanos.

O sírio Adel Bakkour, de 29 anos de idade, fugiu da guerra civil em seu país natal e chegou ao Rio de Janeiro em 2012. Ele é estudante de Relações Internacionais, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e atualmente é coordenador do Crai. Bakkour acredita que a centralização do atendimento aos refugiados e imigrantes vai fazer muita diferença.

“Os imigrantes refugiados que vão chegar no Rio de Janeiro ou que já estão aqui vão poder ter uma referência para poder chegar e tentar resolver qualquer problema que estejam enfrentando, de acesso à saúde, educação”, disse Bakkour.

O Crai tem salas de triagem, de assistência social e jurídica, e para aulas de português e de inclusão de digital. Tem, ainda, dormitórios para acomodar temporariamente homens, mulheres e famílias.

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