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A audiência de instrução do caso que ficou conhecido como Massacre de Paraisópolis, que resultou na morte, no baile funk DZ7, de nove jovens da comunidade, deverá continuar somente no dia 18 de dezembro. A audiência, que decidirá se 13 policiais militares que atuaram na operação, na noite de 1º de dezembro de 2019, irão a júri popular, teve início na terça-feira (25), no Fórum Criminal da Barra Funda.

Dos 13 policiais, 12 respondem por homicídio e um por colocar pessoas em risco, ao soltar explosivos durante a operação.

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A audiência, marcada para começar às 13h, terminou por volta de 18h30. O juiz Ricardo Augusto Ramos ouviu dez testemunhas da lista, sendo uma protegida e comum às partes do processo. As demais nove testemunhas eram de acusação, de acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo.

A Corte informou, ainda, que as testemunhas que depuseram nesta terça-feira eram pessoas que estavam no baile, moradores da Favela de Paraisópolis e médicos que atenderam as vítimas no dia da operação. O processo conta, ao todo, com 52 testemunhas arroladas.

O processo foi aberto na Justiça após o Ministério Público de São Paulo apresentar denúncia contra os policiais militares. No entendimento dos familiares das vítimas, que tinham entre 14 e 23 anos de idade, e da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, houve excessos e abuso por parte dos agentes das forças de segurança. A Defensoria Pública chegou a detalhar o caso em um relatório de 187 páginas, com imagens captadas por câmeras que revelam o modo como os policiais agiram.

Os parentes dos jovens realizaram uma manifestação nesta terça-feira em frente ao fórum, antes da audiência de instrução começar, pedindo justiça e responsabilização dos policiais.

A linha da defesa dos policiais militares é a de que houve uma reação dos agentes à fuga de dois criminosos, que teriam corrido para o 'pancadão', como é conhecido popularmente o baile funk, e que o que se seguiu a isso foi uma confusão dentro da festa, culminando na morte dos jovens.

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