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Os rodoviários do Distrito Federal decidiram, na tarde desta segunda-feira (6), voltar ao trabalho, após acordo entre representantes da categoria e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Os rodoviários haviam decidido, nesse domingo (5), entrar em greve e o dia de hoje começou com paradas de ônibus cheias, metrô sobrecarregado e o trânsito mais pesado em razão do maior número de carros circulando.

Com a suspensão da greve, alguns ônibus voltaram a rodar ainda nesta segunda, com o sistema voltando à normalidade total na terça-feira (7).

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Enquanto os trabalhadores aguardavam o início da assembleia, representantes sindicais se reuniam com o TRT. A suspensão da greve ocorreu após entendimento com o Judiciário. Quando a greve foi deflagrada, o governo do Distrito Federal entrou com ação junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), alegando abusividade da greve.

Com base nessa ação, a Justiça determinou a aplicação de multa de R$ 10 mil por hora paralisada. De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a volta ao trabalho suspendeu a aplicação da multa.

As negociações de reajuste salarial continuam, com os rodoviários reivindicando 8%. Segundo o Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal, as empresas propuseram reajustes de 5,33% nos salários, no plano de saúde e no plano odontológico; de 8% no tíquete alimentação; e de 10% na cesta básica.

Abusividade

A Justiça classificou a paralisação como abusiva por ter sido deflagrada sem aviso regular e sem a fixação de percentuais mínimos de funcionamento do sistema rodoviário de transporte coletivo. O presidente do TRT-10 frisou que, embora as informações constantes dos autos demonstrem que a categoria informou às empresas a realização da greve com a antecedência de 72 horas exigidas em lei, não consta que a população tenha sido informada.

“Avisamos em jornal de grande circulação que haveria a greve e comunicamos as empresas com tempo ainda maior do que o exigido por Lei”, afirmou o dirigente do Sindicato dos Rodoviários do DF, João Osório.

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